A doceira Aparecida Marcondes, 46, anos, vai responder por tentativa de homicídio, duplamente qualificado, por motivo fútil e emboscada

Margareth chega para uma das audiências em Joinville. Ela ainda pode recorrer da sentença de pronúncia
Agora é oficial. A doceira Aparecida Marcondes, 46, anos, vai responder por tentativa de homicídio, duplamente qualificado, por motivo fútil e à traição, de emboscada, diante de um júri popular. A decisão da Justiça foi publicada nesta quinta-feira (29). Ainda não há uma data para o júri ocorrer, mas tudo indica que o julgamento seja marcado para o início do ano que vem. Margareth continua presa em Curitiba, onde responde criminalmente por envenenar quatro adolescentes. Os advogados delas podem recorrer da sentença de pronúncia.
Os crimes aconteceram no em março do ano passado. A doceira tinha sido contratada para fazer os quitutes de uma festa de 15 anos em Curitiba. Como não conseguiu entregar a encomenda à tempo, e já tinha recebido pelo trabalho cerca de R$ 7.000, a mulher teria bolado um plano para adiar a festa. Segundo o processo criminal. ela envenenou caixa de brigadeiros recheados com veneno para matar plantas daninhas e enviou para a família que a contratou.
Para que o marido, Nercival Cenedez,i, 49 anos, não descobrisse o que ela tinha feito, a mulher tentou matá-lo a paulada. O homem foi encontrado agonizando em casa, três dias após ser agredido, por funcionários da empresa onde ele trabalhava. Segundo o processo, Margareth teria enviado uma mensagem de texto aos colegas de trabalho dizendo que o marido estava morto em casa, só esperando para ser enterrado. “Nercival ta em casa esperando ser enterrado, a mulher viu tudo ta dopada drogada, solto pra ser atropelada, já que não recebi vou me divertir um pouco ", consta no processo. O homem foi encontrado ainda com vida. Ele sobreviveu após ficar por cerca de 30 dias hospitalizado. A mulher fugiu mais foi presa pela polícia civil em Barra Velha.
Em juízo, Nercival contou que no dia da agressão a acusada foi lhe buscar no trabalho e, em seguida, dirigiram-se para casa. “Chegou em casa, almoçou e, depois disso, não se recorda de mais nada. Não sabe se foi dopado pela acusada. Acredita que tenha sido agredido após o almoço”. Já a ré, em audiência na semana passada, confessou a prática do crime. “Disse que quando viu na televisão e na internet imagens suas demonstrando seu envolvimento no caso dos doces, ficou desesperada e então achou que foi a vítima que envenenou os bombons para tentar lhe matar”.
“No dia 20/03/2012, terça-feira, por volta das 12h, buscou seu marido no trabalho e almoçou em casa com ele. Depois, começaram a discutir, e a vítima ficou debochando da ré. Não sabe porque bateu na nuca de seu marido com o rolo de massa. Desferiu dois golpes contra a vítima. Mas alega que não tinha intenção de matá-lo. Após feri-lo, enfiou o rolo em um saco e saiu sem saber para onde. Acabou fugindo. Ela ainda alegou que “estava se sentindo muito pressionada, e estava transtornada”, consta na sentença de pronúncia.
Publicado em 29/08/13-16:30 por: Windson Prado - ND Online
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