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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Secretário admite dificuldade financeira para ter bloqueadores de celulares nas prisões

Sady Beck Júnior afirmou que orçamento da secretaria é pequeno.


Secretário admite dificuldade financeira para ter bloqueadores de celulares nas prisões Flávio Neves/Agencia RBS
Sady afirma que custo mensal seria de R$ 1 milhão para todas as unidades.Foto: Flávio Neves / Agencia RBS
Após a divulgação de novas conversas de presos ao celular, a Secretaria da Justiça e Cidadania afirmou que o Estado não tem como arcar financeiramente com os custos dos bloqueadores em todas as 50 unidades prisionais.

A declaração foi dada pelo secretário adjunto da Justiça e Cidadania, Sady Beck Júnior, em entrevista no Jornal do Almoço desta sexta-feira.

— O orçamento da Secretaria da Justiça e Cidadania é limitado. Infelizmente o Estado não tem como arcar com bloqueio de celular em todas as unidades — disse Sady.

Ao DC, Sady calculou que custaria R$ 1 milhão o aluguel mensal em todos as cadeias, o que avalia como caro. A saída apontada por ele é cobrar das operadoras que cumpram a lei estadual 15.829 que as obriga a instalar os equipamentos.

— Vamos começar a multar as operadoras. A multa inicial é de R$ 50 mil — ressaltou.

Em Florianópolis, no complexo prisional da Agronômica, o custo mensal da locação dos bloqueadores é de R$ 85 mil.

Nesta semana, a RBS TV exibiu reportagens sobre escutas telefônicas em que presos foram mais uma vez flagrados conversando ao celular dentro de prisões catarinenses.

São três mil horas de diálogos de detentos entre si ou com pessoas nas ruas obtidos em monitoramento policial sobre a facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC).

"Há presídios com detentos falando a vontade"

O diretor da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), delegado Akira Sato, afirma que vem informando os administradores de presídios e a própria Secretaria da Justiça e Cidadania em cada situação que a polícia detecta a ação de presos ao celular - o secretário Sady afirmou à reportagem ter dificuldade na apuração pela falta de informações fornecidas pela polícia.

— A gente vem trabalhando essa difusão de informações para que eles tomem as devidas providências. Percebemos que são diversos os presídios que ainda possuem telefones e detentos falando a vontade — declarou Akira.

Dois agentes que trabalham no complexo prisional da Agronômica ouvidos pelo DC suspeitam que os aparelhos estejam com defeito e por isso a eficiência esteja em xeque.

— O problema está no presídio Masculino, onde tem ponto cego e estão mal colocados ou mal regulados — comentou um dos agentes.

O secretário disse que vai mandar apurar a atual situação dos aparelhos. Em novembro de 2012, houve denúncia de superfaturamento sobre os bloqueadores. O promotor Aor Steffens Miranda colocou sob suspeita a locação dos equipamentos e os atuais contratos, em Florianópolis.

No mês seguinte, a secretária Ada De Luca conseguiu recurso no Tribunal de Justiça para manter os atuais contratos de locação e de não fazer nova licitação para a contratação.

fonte: Diário Catarinense

sábado, 31 de agosto de 2013

Além de postar vídeos, detentos do Presídio de Blumenau publicam fotos e frases no Facebook

Reportagem encontrou pelo menos três perfis com atualizações recentes

Além de postar vídeos, detentos do Presídio de Blumenau publicam fotos e frases no Facebook Reprodução/Vídeo
Jonathan Sander (à frente) e outro detento cantam dentro da celaFoto: Reprodução / Vídeo
Jonathan Sander usa o celular para atualizar o perfil que mantém no Facebook. A cada dois ou três dias, joga na rede social frases, fotos e vídeos. Fala da própria rotina, reclama, escreve sobre amor. Posta fotos em que aparece sozinho. No vídeo, publicado em março e compartilhado nove vezes em maio, canta rap acompanhado de um amigo.
O cenário da gravação? Uma cela do Presídio Regional de Blumenau. A incitação à violência escancarada no vídeo, compartilhado nove vezes em maio, por si só já seria motivo de preocupação das autoridades. Mas, por trás disso, há dois fatos ainda mais graves: o preso ter celular dentro da unidade prisional e o uso de redes sociais por quem deveria estar sem comunicação com a sociedade externa.
Assim como Jonathan, o Santa monitorou nos últimos dias o perfil de outros dois detentos que atualizam o Facebook de dentro do Presídio Regional de Blumenau. Romário Varela de Souza, suspeito de roubo e tráfico de drogas, comemorou recentemente o benefício de cinco saídas temporárias de sete dias cada que recebeu da Justiça. Uma delas foi concedida entre 10 e 17 de agosto. No dia 13, ele atualizou na rede social:
— Graças a Deus, estamos aí no mundão novamente.
Nas fotos que postou de dentro do presídio, em pelo menos duas aparece fumando. Jhonny Koch, que quinta-feira foi transferido de Blumenau para Florianópolis, manteve o Facebook atualizado até o dia 22 de agosto, quando deletou fotos e as frases do status.
Antes disso, ele tinha imagens fumando e deitado em uma cela no presídio. O rapaz foi preso junto com Souza, no fim do ano passado, por tráfico de drogas.

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