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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Empresário Marcos Queiroz divide cela com outros 48 detentos no Presídio Regional de Joinville

Preso desde o dia 20 de agosto, Queiroz é suspeito de praticar estelionato contra mais de 600 pessoas na cidade

Dividindo o espaço em uma cela no Presídio Regional de Joinville com outros 48 detentos – suspeitos de crimes como estupro, e contra a vida, que não podem se misturar com outros presos por risco de agressão e morte. Esta é a realidade nos últimos 16 dias do empresário  Marcos Antônio de Queiroz, que é investigado por suspeita de aplicar um golpe milionário na cidade.
Carlos Junior/arquivo/ND
Marcos Queiroz foi detido dia 20 de agosto em Indaiatuba, interior de São Paulo, e trazido para Joinville onde está detido desde então
Segundo Fernando Blank, advogado de defesa de Queiroz, o empresário declarou que têm sido difíceis os dias na cadeia. “Estive com ele na última segunda-feira. Queiroz está tendo dificuldade para se adaptar. Ele está receoso, com medo. Mas sabemos que a segurança dele está sendo preservada”, declarou o defensor. 
Blank deve retornar a Joinville na próxima semana para uma nova visita ao cliente. “Nesta semana formalizamos que vamos representar a defesa de Marcos. Nossa estratégia agora é aguardar a decisão do TJ (Tribunal de Justiça) de Santa Catarina, a respeito do habeas corpus”, explicou o advogado. Uma liminar já foi negada pelo Tribunal, mas o pedido de liberdade provisória ainda pode ser considerado pelos desembargadores. 
O empresário é investigado por estelionato, após negociar centenas de apartamentos em Joinville que não tinham registro de incorporação, vender materiais de construção e não entregar as mercadorias, além de não pagar fornecedores. Estima-se que ele tenha lesado diretamente mais de 600 pessoas. Ele foi preso no dia 20 de agosto em Indaiatuba, interior de São Paulo, após ficar 20 dias foragido. 
Na semana passada a investigação, dividida em três inquéritos que somam mais de 5 mil páginas, foi entregue à Justiça. Falta o parecer do promotor Marcelo Mengarda, que poderá oferecer denúncia contra o empresário, pedir o arquivamento dos inquéritos ou mais diligências à Polícia Civil. No fórum de Joinville, há mais de 78 ações contra Queiroz, a maioria na vara cível.
Publicado em 06/09/13-10:45 por: Aldo Urban - ND Online

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Família lesada por Marcos Queiroz tenta reaver casa em Joinville

Rubens Kremke e os quatro irmãos trocaram imóvel da família, no bairro Vila Nova, pela promessa de receber cinco apartamentos

Carlos Júnior/ND
Rebens Kremke trouxe os filhos de volta para morar na casa que foi negociada com o empresário Marcos Antônio de Queiroz
Rubens Kremke, pedreiro, 37 anos, casado e pai de cinco filhos, com idades entre três e 15 anos. Ele é uma das mais de 600 pessoas que fora prejudicadas em Joinville pelos negócios do empresário Marcos Antonio de Queiroz – que foi preso por suspeita de estelionato. Iludido, com a promessa de transformar a casa onde seus pais viveram por quase quatro décadas em um condomínio residencial – no qual ele e seus quatro irmãos ganhariam cinco apartamentos em troca do terreno – agora Rubens tenta reverter os prejuízos e, principalmente, dar um teto para seus filhos.

Mês passado, ele foi despejado da casa onde vivia de aluguel – que deveria ser  pago por Queiroz até que o empreendimento fosse concluído – e não teve outra alternativa a não ser voltar para a casa que um dia foi de seus pais, e está bloqueada pela Justiça. “Há 15 dias viemos para cá. Por sorte a casa não foi demolida. Tudo foi roubado, até a fiação, mas a construção estava de pé”, comenta Rubens acrescentando que por quatro vezes a equipe que trabalhava para Queiroz foi ao local com retroescavadeira fazer a demolição, mas chuvas frustraram o trabalho.
Rubens diz que conheceu Queiroz nas tendas que o empresário montava em calçadas para vender apartamentos. “Meu irmão conheceu o Queiroz em uma das barraquinhas. Após alguma conversa, ele ofereceu trocar a minha casa – que meus pais construíram ao longo da vida – por cinco apartamentos. Me pareceu um negócio seguro, e então passei o imóvel para Queiroz, tudo com contrato. Ele pagava meu aluguel, mas quando o golpe estourou, não houve mais pagamento, casa ou contrato. Fui despejado e a única maneira foi voltar para a casa que era nossa”, diz Rubens.
Rubens agora trava na Justiça o direito de cancelamento do contrato e tenta recuperar o imóvel. “Tem sido tempos difíceis. Uma imagem não sai da minha cabeça. Quando eu e meus irmãos fomos assinar os contratos com Queiroz. Ele batia no peito e dizia: ‘Eu não rasgo dinheiro’. Eu tenho tanta raiva que só de lembrar dele fico todo arrepiado, ouriçado”, comentou, indignado.
Uma associação das vítimas do empreendimento negociado por Queiroz foi criada. Segundo advogada que representa Rubens, Natália Ionck, eles tentam na Justiça a rescisão do contrato. “A família que trocou o imóvel pelos apartamentos cogita a possibilidade de manter a parceria, caso o prédio volte a ser construído, por uma outra empresa”, declarou.
Publicado em 03/09/13-08:45 por: Windson Prado - ND Online

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