Compradores de materiais de construção, de apartamentos e funcionários fazem denúncias contra o Grupo Marcos Queiroz
A Polícia Civil de Joinville vai concentrar as investigações sobre as denúncias contra o empresário Marcos Queiroz em três delegacias. Os casos relacionados aos apartamentos vendidos, e não entregues, serão de responsabilidade da 4ª DP (Delegacia de Polícia Civil), no bairro Aventureiro. Os casos referentes à compra de materiais nas lojas Baratão da Construção, que não foram entregues, serão investigados pelas delegacias do bairro Vila Nova (5a DP) e do bairro Fátima (2a DP). “As vítimas podem fazer os registros de ocorrências em qualquer delegacia, mas os casos serão direcionados para estas DPs. Assim fica mais fácil de tocar os inquéritos policiais”, disse o delegado da 2a DP, Fábio Fortes.
Carlos Junior/ND

Dos dez apartamentos em construção em empreendimento do grupo no bairro Iririú, oito foram vendidos
Fábio disse que a polícia Civil estuda a possibilidade de pedir a prisão preventiva de Marcos Queiroz, que está desaparecido desde o dia 1o de agosto. “Foram feitos registros, inclusive de funcionários que não foram pagos. Estamos ouvindo as supostas vítimas e até o final da semana o delegado Zulmar deve entrar com o pedido de prisão”.
De acordo com Fortes, os relatos e documentos apresentados pelas vítimas seriam suficientes para entrar com o pedido. O problema é que o paradeiro de Marcos é desconhecido. Além da delegacia do bairro Itaum, as unidades dos bairros Vila Nova e do Aventureiro também abriram inquéritos para investigar as denúncias.
Na delegacia do Vila Nova, a delegada Priscila Cemin aponta que cerca de dez vítimas haviam registrado queixa contra Marcos desde sexta-feira. Ela também adianta que policiais civis estiveram nos endereços do empresário, mas não conseguiram encontrá-lo. “Ele tem família em Umuarama, no Paraná. Vamos checar esta informação.” De acordo com um ex-corretor do Grupo Marcos Queiroz, a estimativa é de que pelo menos 325 clientes da construtora tenham sido enganados.
No bairro Iririú, dos dez apartamentos no prédio em construção, oito estavam vendidos. A situação foi mais grave no Adhemar Garcia e Vila Nova, onde todos os apartamentos haviam sido comprados. Somando-se os dois casos o número de vítimas chegaria a no mínimo 99.
Além das pessoas que compraram imóveis com o Grupo Marcos Queiroz Empreendimentos e Associados, funcionários, fornecedores e clientes das lojas Baratão da Economia, localizada nos bairros Vila Nova e Guanabara, também foram prejudicados. Os dois comércios foram saqueados no final da tarde da sexta-feira passada e no sábado.
Na unidade da zona Sul, empregados contratados pelo proprietário do imóvel limpavam na manhã de ontem os destroços. “Não sobrou nada, levaram tudo”, disse um deles.
Na unidade da zona Sul, empregados contratados pelo proprietário do imóvel limpavam na manhã de ontem os destroços. “Não sobrou nada, levaram tudo”, disse um deles.
Publicado em 07/08/13-09:45 por: Aldo Urban - ND Online
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